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terça-feira, 24 de maio de 2011

Lembro até hoje



Lembro até hoje, você me vendo partir naquela rodoviária lotada. Eu e você destoávamos de todos, eles  estavam felizes por estarem indo de encontro a sua família. Eu não, estava triste porque logo agora que eu tinha me reconciliado com você eu teria que partir, ia talvez pra ficar, ia sem saber quando voltava. Ia embora, talvez para nunca mais voltar....
 Nada me apaga da lembrança a sua cara de tristeza por me ver partir, segurando Joana, a nossa coruja, o maior símbolo do nosso amor, que você me deu para selar o nosso compromisso. Diferente dos outros casais , procuramos estabelecer um laço de amor através daquele chaveiro onde o meu mundo, a minha casa, estava atrelada. Aquelas chaves significavam muito pra mim, era o símbolo da minha liberdade e também do nosso amor.
 E Joana rodopiava em suas mãos , talvez querendo simbolizar um até logo, ou um recomeço, e eu te olhando através da janela fumê daquele ônibus frio,  sem o calor dos seus braços e do seu abraço, me dizendo “se cuide, juízo, te amo muito e aproveite esses momentos com sua família, talvez você não tenha essa oportunidade outra vez.” E eu me segurando para não chorar, o coração descompassado, já cheio de saudades e angustiado pela distancia que iria nos separar.  De repente, sinto o vibrar do meu celular e quando olho era você: “Te amo, se acalme, você vai voltar, o seu coração vai te trazer de volta pra mim”. O ônibus começa a se movimentar e eu não agüento e caio em prantos baixinho te vendo me ver partir segurando o celular e saindo devagar com a cabeça baixa, chorando pela minha ida...